‘ ‘ A violência assolou a região metropolitana do Rio, especificamente o centro de Seropédica, onde um tiroteio resultou na morte de dois homens e duas crianças feridas. A guerra entre milicianos rivais, que estão interessados em controlar a distribuição de serviços como sinais de TV a cabo, venda de botijões de gás e cobrança de taxas locais, foi a causadora desse incidente fatídico.

Bernardo Paraíso, de 24 anos, era um dos homens que perderam a vida no conflito. Ele era estudante de Ciências Biológicas na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRJ), uma instituição localiza em Seropédica. Paraíso estava indo ao supermercado com uma amiga, também universitária, no momento em que foi atingido pelos disparos. A notícia de sua morte, comunicada pela própria universidade, trouxe um grande pesar para toda a comunidade acadêmica. A UFRRJ suspendeu todas as aulas que estavam agendadas para o dia seguinte, em sinal de luto.

A outra vítima fatal do confronto era um miliciano armado com um fuzil e uma pistola automática, o qual tinha ao seu lado uma granada, que, felizmente, não foi detonada. No meio desse confronto, duas crianças, uma de apenas 1 ano e outra de 6 anos, foram também atingidas pelos tiros e precisam ser levadas para o hospital em Duque de Caxias.

O tiroteio terminou com a prisão de um homem, identificado como Cléber Barbosa dos Santos, apelidado de General. Desmascarado na tentativa de se esconder dentro de uma farmácia, ele foi apreendido portando um fuzil, uma pistola automática e R$ 1.550 em espécie. Para a população local e para a UFRRJ, o tiroteio marcou um dia de luta pelo controle territorial por parte das milícias e de violência que arrancou a vida de Bernardo Paraíso de forma abrupta e impactou uma comunidade inteira.