Após sete quedas consecutivas, o dólar voltou a subir e atingiu a marca de R$ 5,52, em um cenário de ajustes técnicos externos e expectativas internas que marcaram o mercado financeiro brasileiro. Devido à forte valorização, a moeda americana se manteve acima da casa dos cinco e cinquenta reais.
A Bolsa de Valores, por sua vez, caiu pela quarta vez seguida, aproximando-se perigosamente dos 131 mil pontos. No fechamento da sexta-feira 20, o dólar comercial estava valorizado em R$ 5,521, com um crescimento de R$ 0,097 (+1,78%). A cotação iniciou quase estável, no entanto, apresentou uma grande disparada após a abertura do mercado norte-americano, culminando na máxima do dia. Mesmo com o crescimento, a moeda norte-americana no acumulado de setembro ainda apresenta uma queda de 2,51%.
Já o mercado de ações não teve um desempenho tão bom, com a queda continuada do índice Ibovespa, da B3. O índice fechou com 131.065 pontos, uma baixa de 1,55%, tornando-se o menor patamar desde o dia 9 de agosto, com uma regressão semanal de 2,83%.
Apesar da desvalorização, o reflexo no mercado internacional foi de alta, com os investidores estrangeiros buscando aproveitar a queda dos últimos dias para comprar dólares. No entanto, a manutenção da taxa de juros na China não favoreceu os países exportadores de commodities, contexto no qual se enquadra o Brasil. Esperava-se que o Banco Central da China reduzisse os juros para estimular sua economia, a segunda maior do mundo, porém isso não se concretizou.
No que tange a bolsa de valores, a alta da Taxa Selic, que é a taxa de juros da economia brasileira, incentivou os investidores a se afastarem dos investimentos de risco e se voltarem para os títulos públicos e investimentos de renda fixa, considerados menos arriscados. A expectativa de novos congelamentos no orçamento de 2024 também rondava o mercado, uma vez que o Ministério do Planejamento estava prestes a divulgar o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas.
Em resumo, tendo em vista o cenário econômico incerto tanto no ambiente interno quanto externo, observa-se a tendência de valorização do dólar e a desvalorização na bolsa. Fica claro que a economia brasileira ainda enfrenta desafios, sendo necessárias medidas efetivas para garantir a estabilidade econômica.