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Varejistas podem ampliar oferta de crédito em até R$ 200 milhões, aponta Serasa

Empresas varejistas podem ampliar sua oferta de crédito em até R$ 200 milhões para seus clientes, de acordo com estudo da Serasa Experian cedido com exclusividade à CNN.

O levantamento foi realizado a partir de uma análise da carteira de quatro players do varejo, pelas quais se identificou que existe potencial para o crédito crescer em cerca de 60%.

Pedro Braga, diretor de Decisioning e Advanced Analytics da Serasa Experian, destaca que entender o perfil, o potencial de compra e o risco de cada cliente é fundamental para uma gestão de carteira customizada e uma readequação do limite de cartão de crédito para cada CPF.

“Isso permite uma avaliação de risco mais acurada dividindo os clientes em três grupos: os que precisam ter o limite reduzido, pois apresentam risco de inadimplência, os que podem ter o crédito aumentado, pois tem potencial de compra com baixo risco, e os que estão com o limite adequado”, explica

“Com isso, é possível aumentar receita trabalhando com clientes que já estão dentro de casa – o que é muito mais barato, menos complexo e mais atrativo do que ir em busca de novos clientes no mercado. Ao mesmo tempo, tem-se visibilidade sobre os CPFs que apresentam maior risco e precisam de adequação da oferta ou uma estratégia de acompanhamento mais próximo para não se tornarem inadimplentes”, completa.

O estudo identificou também a parcela da base dos clientes com limites que trazem potenciais riscos de inadimplência. Para esse grupo, a análise sugere uma redução de 25% do limite, o que passaria a concessão total de R$ 235 milhões para R$ 175 milhões.

Tipos de cartão

O segmento costuma ofertar dois tipos de cartões de crédito: bandeirados e private label. Trata-se de um cartão convencional, aceito em todos os estabelecimentos; e de um modelo aceito apenas nas lojas do varejista emissor.

Para o primeiro grupo, de cartões bandeirados, os dados mostram que é possível ampliar o crédito em 63%, saindo de R$ 179 milhões para R$ 292 milhões, um aumento de R$ 113 milhões.

O mesmo raciocínio se apresenta para o risco de inadimplência. Para esse grupo, a redução dos limites seria em cerca de 25%, o equivalente a R$ 16 milhões. Com isso, o novo limite concedido cairia de R$ 65 milhões para R$ 49 milhões, aproximadamente.

Para os varejistas que comercializam o cartão private label, o incremento no valor seria de R$ 73 milhões, ou 46%, elevando os limites de R$ 159 milhões para R$ 232 milhões.

Entre os clientes com risco de inadimplência, a redução dos limites seria de 25%, ou R$ 43 milhões, levando o total de R$ 170 milhões para R$ 126 milhões.

“Definir uma política robusta não apenas na concessão, mas também na manutenção de crédito, aplicada ao perfil da carteira e baseada na união do histórico do cliente com a loja, com dados de mercado sobre aquele CPF, é um dos pontos mais importantes na jornada das empresas que oferecem cartões. Isso é ainda mais crucial para o varejo, uma vez que o histórico e comportamento financeiro dos consumidores não está centralizado com eles”, afirmou Braga.

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