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Unindo Fronteiras: Conferência Discute Pan-Africanismo e Memórias da Diáspora Africana

A Diáspora Africana nas Américas está promovendo diálogos e reflexões em sua recente conferência realizada em Salvador. Esta reunião, um marco significativo na área, aborda o pan-africanismo e a memória coletiva entre outros temas chave. Com a participação de representantes de praticamente 50 países, esta conferência é sem dúvida um marco importante na história do pan-africanismo.

Desde Angola, passando pelos Estados Unidos, até a Colômbia e Togo, os representantes vieram para trocar ideias e definir novos caminhos para um futuro promissor. Durante o evento que aconteceu na Universidade Federal da Bahia (UFBA), os participantes discutiram várias maneiras de aprimorar o intercâmbio entre os países e trazer os conceitos de memória, restituição, reparação e reconstrução à luz da discussão pan-africana.

O reitor da UFBA, Paulo Miguez, destacou a importância do comprometimento da universidade com a educação e ressaltou que acordos de cooperação com instituições africanas estão em andamento. Estes acordos abrangem uma ampla gama de atividades, desde ensino de graduação e pós-graduação até pesquisa.

Figuras notáveis como a secretária estadual da Promoção da Igualdade Racial da Bahia, Ângela Guimarães, enfatizaram que o pan-africanismo não deve ser visto apenas como uma corrente política, mas como integrante de uma rica história de resistência e conquistas. Ela salientou a necessidade de perceber a força que temos juntos e a necessidade de lutar por um mundo mais justo e equitativo.

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, adicionou um importante aspecto à discussão. Ele falou sobre a necessidade de ressignificação da noção de Diáspora Africana ligada historicamente à memória do colonialismo e escravidão.

O evento viu a participação ativa dos líderes dos movimentos sociais. Anielle Franco, a ministra da Igualdade Racial, ressaltou a importância dessas contribuições sociais. Falando poderosamente sobre a reinvenção e resistência, ela despertou a necessidade de lutar contra o racismo e lutar por condições dignas de sobrevivência.

O evento abordou vários tópicos relevantes e criou um fórum para debate e diálogo. De acordo com Richard Santos, professor de Artes e Comunicação da Universidade Federal do Sul da Bahia, a conferência é uma oportunidade de discutir o futuro e avançar além das relações culturais para incluir a política dos movimentos sociais e culturais.

O encontro está moldando um caminho para uma cooperação internacional mais forte e uma compreensão mais profunda do pan-africanismo, o poder da memória coletiva e o potencial da diáspora africana para transformar o futuro.

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