A Paralimpíada de Paris começou em grande estilo para o Brasil. A primeira medalha de ouro para a nação foi arduamente conquistada pela competência e talento do nadador Gabriel Araújo, carinhosamente conhecido como Gabrielzinho. O atleta mineiro de Santa Luzia demonstrou seu domínio incontestável do nado costas, triunfando na corrida de 100 metros da classe S2 – uma categoria para esportistas com elevado comprometimento físico e motor. Gabrielzinho terminou a prova em impressionantes 1 minuto e 53 segundos (1min53s67), quase oito segundos à frente do segundo colocado, reforçando sua maestria na modalidade.
Este ouro é a quarta medalha paralímpica do atleta de apenas 22 anos, que anteriormente conquistou dois ouros e uma prata – também nesta categoria – em Tóquio. Gabriel Araújo é o atual campeão mundial na prova de 100m costas e demonstrou mais uma vez porque é merecedor deste título.
Na prova em Paris, o vice-campeão foi o russo Vladimir Danilenko, competindo sob uma bandeira neutra, e o terceiro lugar ficou com o chileno Alberto Abarza Diaz. No entanto, a competição está longe de terminar para o nadador mineiro, que ainda tem mais quatro desafios pela frente nas Paralimpíadas de Paris, participando de provas de 50 metros costas e 200 livre na classe S2, além dos 50 livre e 150 medley na classe S3.
Gabrielzinho é um dos principais nomes esportivos paralímpicos do Brasil e teve a honra de ser o porta-bandeira do país na cerimônia de abertura dos Jogos. Nascido com focomelia, uma doença congênita que impede a formação normal de braços e pernas, ele começou a traçar seu caminho vitorioso na natação na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Seu triunfo nos Jogos Paralímpicos de Paris não apenas celebra sua habilidade individual, mas também o potencial e a resiliência dos atletas paralímpicos brasileiros.