Na última sexta-feira, o Rio de Janeiro foi palco da Marcha pelo Clima, um ato que congregou vários ativistas, organizações e movimentos sociais, todos unidos pela mesma causa: advocar por justiça ambiental e climática. Este evento se alinha com o Ato Global pelo Clima, acontecido simultaneamente em mais 15 cidades brasileiras, e é repetido em outros lugares do mundo.
O ponto de partida da marcha foi a Cinelândia, de onde centenas de manifestantes marcharam em direção aos Arcos da Lapa. O grande destaque foi o lançamento da campanha Rio Capital do Caô Climático, uma crítica ao desmantelamento ecológico gerado pelo atual modelo de desenvolvimento econômico.
Esta iniciativa teve início em 2007 com o intuito de combater o aumento das emissões de gases de efeito estufa, que acabam acelerando o fenômeno do aquecimento global. De acordo com Pedro Graça Aranha, coordenador da Coalizão pelo Clima no Rio de Janeiro, já estamos vivendo um colapso climático e a tendência é que a situação se agrave nos próximos anos, se nada for feito para mudar esse quadro.
Os manifestantes utilizaram o ato para ressaltar que as ações humanas estão prejudicando o clima de nosso planeta de várias maneiras, como através do desmatamento, das queimadas e das inundações. Eles também destacaram que a temperatura média global já ultrapassou 1,5º Celsius e pode vir a aumentar em até 3ºC até o fim deste século, com efeitos desastrosos para o planeta, como o derretimento de geleiras e o aumento do nível dos oceanos.
Em um cenário de crise ambiental, eventos como a Marcha pelo Clima são extremamente relevantes para chamar a atenção para a urgência de ações que venham a mitigar as consequências do aquecimento global e provocar um verdadeiro comprometimento com a sustentabilidade em todas as esferas da sociedade. Uma transição para um modelo de desenvolvimento econômico mais sustentável se faz urgente para garantir a qualidade de vida e a sobrevivência das futuras gerações.