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A captura em flagrante de um líder de facção criminosa no Rio de Janeiro ganhou outro status após decisão judicial. O magistrado Alex Quaresma Ravache decretou, em audiência realizada ontem (23), a prisão preventiva de Paulo Gabriel Malafaia da Silva, durante a análise de custódia na Cadeia Pública José Frederico Marques, Benfica, zona norte do Rio.
Segundo as informações presentes nos autos do processo, o indivíduo custodiado é apontado como um dos líderes de uma facção criminosa armada além de ser acusado de estar envolvido ativamente na atividade do tráfico de drogas e de organizar e liderar roubos reiterados armados com fuzis na rodovia federal, a BR 101.
O juiz Quaresma Ravache, ao justificar sua decisão, enfatizou a alta periculosidade de Malafaia para a coletividade e a necessidade da prisão cautelar para garantir a ordem pública. Além disso, mencionou que medidas cautelares diversas da prisão são insuficientes perante a probabilidade real e efetiva de reiteração de crimes de tráfico armado de drogas e roubo com emprego de armas de fogo.
A posição proeminente do custodiado na estrutura da facção criminosa ficou evidenciada por imagens captadas pelo Setor de Inteligência da delegacia policial de São Gonçalo. Segundo fontes anônimas, a figura central que aparece em uma das imagens, sendo salvaguardado pelos criminosos armados de fuzis, é de Paulo Malafaia.
O acusado foi preso em uma residência de luxo na região de Búzios e é considerado um dos traficantes mais procurados da facção criminosa Comando Vermelho. Malafaia liderava o tráfico de drogas no Jardim Catarina, em São Gonçalo, a segunda maior zona eleitoral do estado do Rio. O criminoso pagava uma diária de R$ 2 mil para utilizar a residência e se encontrava fora do Rio devido às constantes operações das forças de segurança no Jardim Catarina.
A captura e a subsequente prisão preventiva de Malafaia marcam um passo importante na batalha constante contra a atividade do tráfico de drogas no Rio de Janeiro, ressaltando a importância da coordenação entre as forças policiais e a justiça criminal.