Um significativo impulso nos esforços de melhorar a educação indígena no Brasil está a caminho. Com o investimento de R$ 32 milhões, o Ministério da Educação (MEC), em colaboração com universidades e institutos federais, visa à construção de escolas e à formação de professores no território Yanomami Ye’kwana. Este projeto é parte de um esforço mais amplo para fortalecer o Programa Saberes Indígenas no Território, que é responsável pela formação continuada dos professores e pela produção de material didático dirigido a essa população.
Os Yanomami – a etnia brasileira que tem o menor número de profissionais educados no nível superior, com menos de 1% tendo formação nesse nível – serão o principal foco desta iniciativa. A execução das obras será de responsabilidade da Universidade Federal de Minas Gerais, enquanto o Instituto Federal de Roraima conduzirá a formação dos docentes. Do total dos recursos, R$ 18 milhões serão especificamente empregados para a formação desses profissionais.
As ações voltadas à educação dos povos Yanomami e Ye’kwana estão em conformidade com a Política Educacional Indígena do país, que anunciou recentemente a retomada da construção de 74 escolas indígenas em vários territórios brasileiros, com um investimento total de R$ 195 milhões. Existem também planos para o desenvolvimento de 113 novas escolas indígenas como parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Adicionalmente, o Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica, na modalidade de Equidade, aprovou a criação de 39 cursos de licenciatura intercultural indígena, que proporcionarão um total de 2.412 vagas. Este movimento demonstra o continuado compromisso do Governo Brasileiro em promover a educação de qualidade para as populações indígenas, proporcionando-lhes os recursos e o acesso necessários para que alcancem seu pleno potencial educacional.