A capital brasileira, Brasília, está imersa em luto pela perda de um de seus maiores tesouros culturais – Carlos Elias, amplamente reconhecido como o pioneiro do samba na cidade. Elias, um amado compositor da escola de samba Portela e um icônico agitador cultural, faleceu aos 91 anos. Sendo um defensor inflamado da música brasileira, o talentoso compositor marcou a cidade com sua contribuição à cultura e à arte desde os anos 70, através de projetos como o Clube do Samba e a Feira da Música, além da realização de espetáculos ao vivo no bar Camisa Listada.
Carlos Elias chegou a Brasília em 1975, transferido do Rio de Janeiro pelo Ministério das Relações Exteriores, reverenciado por suas notáveis composições para a escola de samba Portela. Sua proeminente criação foi o samba enredo da agremiação Rugendas – Viagens pitorescas através do Brasil, em parceria com Zé Keti, Nílton Batatinha e Marcos Balbino, em 1962. Este ano marcou a 16º vitória da Portela no Carnaval, uma vitória atribuída à magnificência do samba de Elias e seus parceiros.
Breno Alves, cantor e compositor da geração atual de músicos de Brasília, destaca, “Naquele tempo, o samba tinha que ser bom mesmo”, reforçando a importância da contribuição de Elias para o samba. Outro destaque musical brasiliense, a cantora Teresa Lopes, lamentou a perda do ‘professor’ e ‘compositor primoroso’, ecoando as palavras de muitos outros na cena musical da cidade.
Carlos Elias faleceu em decorrência de uma pneumonia. Sua vida e legado foram eternizados em um documentário feito pela Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB). O filme sobre o respeitado sambista está disponível para visualização no perfil do diretor Leandro Borges da Silveira, no YouTube. A cidade de Brasília, a capital cultural do Brasil, está repleta de memórias do legado vibrante de Elias, e sem dúvida, mantém um lugar especial em seu coração para esse ícone musical.