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titulo: Apoio do G20 ao Brasil na Reforma de Fundos Climáticos – uma Vitória para os Países do Sul Global

Em uma conquista significativa para o Brasil e os outros países do Sul Global, o G20 expressou apoio para a reformulação dos fundos climáticos no encontro mais recente realizado no Rio de Janeiro. O Grupo de Trabalho de Finanças Sustentáveis do G20 (SFWG, na sigla em inglês), que realizou sua última reunião sob a presidência brasileira, apresentou um relatório detalhado com recomendações para reformar os fundos climáticos e ambientais. Essas propostas são o produto de um rigoroso trabalho desenvolvido por especialistas da área.

Historicamente, quatro instrumentos multilaterais financiam a maioria dos esforços para combater a crise climática: o Fundo Verde para o Clima (Green Climate Fund), o Fundo de Investimento Climático (Climate Investment Funds), o Fundo de Adaptação (Adaptation Fund) e o Fundo Global para o Meio Ambiente (Global Environment Facility). No entanto, o acesso a estes fundos tem sido dificultado para os países do Sul Global, em razão dos rigorosos e burocráticos critérios de elegibilidade, um obstáculo que o Brasil tem como objetivo remover com a ajuda do G20.

Com base nas discussões do G20, o Brasil pretende transformar o acesso a estes fundos para facilitar a implementação de medidas sustentáveis que combatam as alterações climáticas. Segundo o coordenador do grupo e subsecretário de Financiamento ao Desenvolvimento Sustentável do Ministério da Fazenda, Ivan Oliveira, a conquista do apoio do G20 é um passo substancial para reformar a arquitetura financeira climática.

O Grupo de Trabalho de Finanças Sustentáveis foi criado com o objetivo de mobilizar financiamento sustentável para garantir o crescimento e a estabilidade global, bem como promover transições para sociedades e economias mais verdes, resilientes e inclusivas. De acordo com os coordenadores, o grupo conseguiu progresso significativo nas quatro áreas prioritárias propostas pela presidência brasileira.

Esta conquista não apenas desencadeia a liberação dos bilhões de dólares alocados nesses fundos para os países que mais precisam, mas também promove a transparência e a responsabilidade na promoção de projetos sustentáveis, conforme destacado pela chefe adjunta do Departamento de Relações Internacionais do Banco Central do Brasil, Cyntia Azevedo. O alinhamento de instituições a compromissos reais de sustentabilidade e a melhoria da qualidade dos dados produzidos são só alguns dos objetivos dessa reforma.

Este encontro marca apenas o começo de uma nova abordagem na estratégia financeira climática. A próxima reunião do G20 acontecerá em Washington DC, Estados Unidos, como parte dos Encontros Anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, em outubro. Esta reunião promete ser mais um marco na luta global por um planeta mais verde e sustentável.

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