Um apagão sem precedentes em São Paulo resultou em estabelecimentos como hotéis, bares e restaurantes buscando soluções para mitigar prejuízos significativos. Os prejuízos, segundo a Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp), ascendem a 150 milhões de reais.
Na sequência dessa calamidade, a Fhoresp solicitou ao governo de São Paulo uma prorrogação do prazo para o pagamento dos impostos devidos por cerca de 250.000 estabelecimentos afetados pela falta de energia. Essa prorrogação é considerada vital para a continuidade das atividades de milhares de empresas que foram seriamente impactadas pelo incidente.
Segundo Edson Pinto, diretor executivo da Fhoresp, é crucial para a continuidade das atividades de milhares de estabelecimentos de hospedagem e alimentação. Estamos pedindo ao governo do estado que permita uma extensão do prazo para o recolhimento desses impostos, de forma a que as empresas prejudicadas pelo apagão possam ter mais tempo para pagar. No curto prazo, isso ajudaria as empresas atingidas e também auxiliaria na manutenção dos postos de trabalho.
As fortes chuvas e os ventos que atingiram várias cidades de São Paulo na última sexta-feira resultaram em sete mortes, queda de árvores e ainda deixaram dois milhões de consumidores sem energia elétrica. A situação ainda não foi totalmente resolvida, com 36.000 consumidores ainda enfrentando problemas de abastecimento de energia na Grande São Paulo.
A Fhoresp argumenta que a falta de energia já causou prejuízos de cerca de R$ 150 milhões para o setor nos primeiros quatro dias de apagão. E os mais prejudicados são os micro e pequenos empresários.
Essas empresas não têm lucro relevante que possa mitigar os danos causados em seis dias de blecaute. A maioria delas tem apenas um pró-labore retirado dia a dia para a própria subsistência e da sua família. O que está acontecendo beira o absurdo. Afinal, quem é que vai pagar a conta do prejuízo?, questionou o diretor executivo da Fhoresp.
Em meio a esse caos, a Fhoresp notificou oficialmente a Enel, empresa de energia, solicitando o restabelecimento urgente da energia em bares e restaurantes. Em resposta, a Secretaria da Fazenda e do Planejamento do governo paulista confirmou ter recebido o pedido, que foi encaminhado para análise técnica.
Essa crise lança luz não apenas sobre a fragilidade de nosso sistema energético, mas também sobre a necessidade de políticas públicas flexíveis que possam responder prontamente a eventos inesperados, minimizando os danos para as empresas e a economia como um todo.