O presidente eleito Donald Trump e o CEO do SoftBank Group, Masayoshi Son, anunciaram na manhã desta segunda-feira (16) em Mar-a-Lago, em Palm Beach, Flórida, que a empresa deve investir US$ 100 bilhões em projetos nos Estados Unidos nos próximos quatro anos. A meta é criar 100 mil novos empregos, de acordo com duas pessoas familiarizadas com o anúncio.
Este investimento, relatado pela primeira vez pela CNBC, é semelhante ao que aconteceu em dezembro de 2016, quando Son prometeu um investimento de US$ 50 bilhões e 50 mil empregos. Por meio do braço de capital de risco da empresa, o Vision Fund, o SoftBank acabou investindo cerca de US$ 75 bilhões, de acordo com a CNN. O número total de empregos criados, dado o impacto da Covid-19 no emprego do país, é mais difícil de contabilizar.
A promessa deste ano se concentrará especificamente em inteligência artificial e infraestrutura de IA, incluindo energia, data centers e chips, disse uma fonte familiarizada com o investimento.
Novos presidentes e presidentes eleitos frequentemente realizam anúncios conjuntos com empresas sobre investimentos massivos nos EUA para promover um suposto renascimento da indústria americana. Mas seu histórico de sucesso é decididamente misto.
A Softbank nunca deixou claro quantos dos empregos anunciados em seu comunicado de 2016 foram criados — e quantos foram resultado de um novo investimento. Por exemplo, como parte do plano proposto, a empresa disse que injetaria US$ 1 bilhão na startup OneWeb da Flórida. Mas a Softbank esclareceu mais tarde que estava em negociações com a startup por “muito tempo”, disse o porta-voz da SoftBank, Matthew Nicholson, na época.
Anteriormente, Trump anunciou em 2017 com a Foxconn uma enorme fábrica de eletrônicos de US$ 10 bilhões em Wisconsin que deveria criar 13 mil empregos. Mas a empresa acabou abandonando a maioria de seus planos para a instalação e os produtos de alta tecnologia que estava prestes a construir. A empresa disse em 2021 que investiria apenas US$ 672 milhões em um acordo revisado que criaria menos de 1,5 mil empregos.
A Foxconn afirmou ter investido US$ 1 bilhão no estado, no entanto, e ainda tem um grande local de fabricação de servidores de dados com mais de mil funcionários. Mas a instalação anunciada por Trump se tornou um centro de dados da Microsoft que visa treinar funcionários e fabricantes sobre como usar melhor a inteligência artificial.
O fim de uma era: como Taylor Swift impulsionou economia dos EUA
