Só 1% dos alunos no Brasil tem desempenho máximo em ciências e matemática

Apenas 1% dos estudantes brasileiros do 4º e do 8º ano atingiram o nível máximo de proficiência em ciências e matemática, segundo o Timms (Estudo Internacional de Tendências em Matemática e Ciências, na sigla em inglês), divulgado nesta quarta-feira (4).

Esta foi a primeira vez que o estudo foi aplicado no Brasil. A pesquisa contou com a participação de 44,9 mil estudantes de escolas públicas ou privadas em todo o país, sendo que 22.130 estavam matriculados no 4º ano do ensino fundamental e, o restante, no 8º ano.

Em matemática, a pesquisa mostrou que 51% dos estudantes do 4º ano ficaram abaixo do nível baixo. Na média internacional, esse valor foi de 9%. Confira a distribuição dos alunos:

• Inep, com base em IEA

Entre os alunos do 8º ano, o desempenho foi ainda pior, com 62% deles não chegando ao nível baixo em matemática. A média internacional foi de 19%.

• Inep, com base em IEA

O cenário se repetiu na avaliação de ciências: apenas 1% dos estudantes do 4º ano atingiu o nível avançado na disciplina, enquanto 39% ficaram abaixo do nível baixo.

• Inep, com base em IEA

E, no 8º ano, 42% dos alunos tiveram o pior desempenho, enquanto na média internacional esse valor (nível inferior ao baixo) foi de 20%.

• Inep, com base em IEA

Resultado global

O Brasil está entre os piores países no ranking global no desempenho de matemática. No 8º ano, o Brasil ficou à frente apenas do Marrocos, com média de 378 pontos. São resultados piores que os apresentados por países como Irã, África do Sul e Malásia.

No caso do 4º ano, o cenário brasileiro no aprendizado em matemática segue crítico. Entre os 58 países avaliados, o Brasil está na 55ª posição, à frente apenas de três participantes: Marrocos, Kuwait e África do Sul.

Participação no ranking

As provas do Timss são aplicadas a cada quatro anos, desde 1995.

O estudo é organizado pela Associação Internacional para a Avaliação do Desempenho Educacional (IEA). Os dados permitem comparações entre países ao longo do tempo, oferecendo uma visão global do desempenho educacional.

OCDE: Investimento público em educação cai no Brasil de 2015 a 2021

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