Em um balanço divulgado pelo Banco Central (BC) no início de setembro, uma tendência preocupante foi identificada para o mês de agosto. As retiradas de poupança, no referido mês, excederam as aplicações em uma astronômica soma de R$ 398 milhões. O mercado financeiro assistiu ao movimento dos brasileiros sacando um expressivo montante de R$ 352,163 bilhões, em contrapartida aos R$ 351,765 bilhões depositados durante o mesmo período.
Os dados divulgados pelo Banco Central mostram que o recurso mais procurado pelos brasileiros foram os aplicados da caderneta em crédito imobiliário, conhecido como SBPE. Esse segmento registrou depósitos da ordem de R$ 302,365 bilhões e saques exorbitantes de R$ 303,653 bilhões.
Enquanto isso, os valores investidos no crédito rural totalizaram um relevante valor de aplicação de R$ 49,4 bilhões, em contraponto aos saques de R$ 48,510 bilhões.
Considerando a captação líquida, que é a diferença entre o montante de saques e o valor aplicado, o relatório mostrou que o SBPE teve um saldo de R$ 1,288 bilhão, ao passo que os recursos no crédito rural tiveram uma captação líquida de R$ 890 milhões.
Com isso, o Banco Central revelou que o rendimento total da poupança no mês de agosto alcançou a importante marca de R$ 5,439 bilhões. Esse rendimento é resultado da soma de R$ 4,070 bilhões de rendimentos do SBPE e R$ 1,369 no crédito rural. Devido a esse movimento financeiro, o saldo total da poupança chegou a um espetacular valor de R$ 1,020 trilhão. Lembrando que no mês anterior, julho, o rendimento da poupança já alcançava um robusto saldo de R$ 1,016 trilhão.
Essas movimentações financeiras notáveis mostram que as aplicações na poupança, embora marcadas por saques maciços, continuam sendo uma opção de investimento chave para o brasileiro médio, seja pelo crédito imobiliário ou o crédito rural..