Agora que Robert Prevost é o papa Leão XIV, ele assume muitas responsabilidades e desafios futuros como o novo líder da Igreja Católica.
Primeiramente, o mundo também está observando para ver se ele seguirá o caminho do papa Francisco.
A rejeição de Francisco à opulência e seu tom mais suave em questões sociais foram elogiados por alguns líderes ocidentais, mas ainda existe uma parte da Igreja que defende uma postura mais rígida em questões como sexo, gênero, casamento e imigração.
Ele também deve escolher cuidadosamente quando intervir no cenário mundial. Francisco tornou-se cada vez mais político nos últimos anos de seu papado, defendendo os direitos dos imigrantes, pedindo um cessar-fogo na guerra entre Israel e o Hamas, e sugerindo — para a ira de Kiev — que a Ucrânia agitasse “a bandeira branca” e fizesse concessões para encerrar a guerra da Rússia no país.
Esses conflitos em curso e a ascensão do populismo e do autoritarismo em todo o mundo criam um contexto complexo no qual o novo papa — ele próprio uma figura importante na diplomacia global — atuará.
E a forma como Leão XIV lidará com os escândalos de abuso sexual clerical que há muito tempo assolam a Igreja também poderá definir seu papado. Embora Francisco tenha se posicionado defensivamente sobre seu histórico no assunto e tomado algumas medidas importantes para lidar com questões sistêmicas envolvendo abusos, o papa anterior foi acusado por grupos de sobreviventes de não responsabilizar bispos e cardeais acusados de encobrir abusos.
