Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, prestou depoimento virtual ao Supremo Tribunal Federal (STF) na quinta-feira, rejeitando acusações de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018. Atualmente, Barbosa está preso no presídio federal em Mossoró (RN) e é réu no caso que investiga a morte trágica dos dois.
Ao iniciar seu depoimento, Barbosa negou veementemente qualquer participação no assassinato. Eu não mato nem uma formiga, vou matar uma pessoa? ele indagou ao tribunal, reforçando sua tentativa de desacreditar as acusações. No passado, o ex-delegado conheceu Marielle através do ex-deputado estadual Marcelo Freixo, já que a vereadora foi assessora de Freixo na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Rivaldo afirmou que, devido a seu trabalho na área dos direitos humanos, Marielle era o elo de ligação entre ele e Freixo, coordenando audiências para aqueles que haviam perdido entes queridos em assassinatos e procuravam informações sobre as investigações. Barbosa elogiou o trabalho de Marielle, destacando sua contribuição para a sociedade brasileira e declarando gratidão a ela.
Mais três suspeitos também são réus no caso; os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, e o major da Policia Militar, Ronald Paulo de Alves Pereira. Todos estão presos sob ordens do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso STF.
A investigação, liderada pela Polícia Federal, alega que o assassinato de Marielle Franco estava ligado à sua resistência contra o grupo político liderado pelos irmãos Brazão, conhecido por ter conexões com questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio. Segundo os investigadores, Barbosa planejou meticulosamente o crime e ativamente impediu a investigação inicial do caso.