O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, irá prestar um depoimento crucial em relação ao Caso Marielle Franco nesta quinta-feira (24) ao Supremo Tribunal Federal (STF). O depoimento será prestado de forma virtual, com Barbosa respondendo às perguntas direto do presídio federal de Mossoró (RN), onde se encontra atualmente preso.
Rivaldo é um dos réus da ação penal que investiga o assassinato da vereadora Marielle Francisco da Silva, popularmente conhecida como Marielle Franco, e do seu motorista, Anderson Gomes, em 2018, no Rio de Janeiro. Este caso provocou uma grande comoção social e política em todo país, marcando a história recente do Brasil.
O depoimento foi agendado pelo desembargador Airton Vieira, que atua como auxiliar de Alexandre de Moraes, o relator responsável pelo caso. Durante esta semana, o tribunal ouvirá todos os réus acusados de terem participado como mandantes do crime.
Na sequência dos acontecimentos, na quarta-feira, foi ouvido o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão. No início de seu depoimento, Brazão negou conhecer o ex-policial Ronnie Lessa, que confessou ser o autor dos disparos contra a vereadora. Ele afirma que os irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa foram os mandantes do crime.
Por sua vez, na segunda-feira, o deputado federal Chiquinho Brazão, irmão de Domingos Brazão, também negou qualquer relacionamento com Lessa. Além de Rivaldo Barbosa e os irmãos Brazão, há ainda um major da Polícia Militar, Ronald Paulo de Alves Pereira, como réu pelo assassinato.
Os réus estão respondendo por crimes de homicídio e organização criminosa. A investigação conduzida pela Polícia Federal aponta que o assassinato de Marielle estaria relacionado ao posicionamento contrário da vereadora aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, associado a questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio.
Todas as defesas dos réus negam as acusações. O processo continua a decorrer, sob atenta observação da opinião pública e com a expectativa de que a justiça seja feita, pondo fim a um dos capítulos mais sombrios na história política recente do Brasil.
