São Paulo, a cidade mais populosa do país, se prepara para enfrentar as condições climáticas extremas nesta quinta-feira, com a radiação ultravioleta (IUV) atingindo o nível preocupador de 11 na escala, classificado como extremo pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A situação é ainda agravada pelo aumento das temperaturas, previstas para chegar a 34ºC.
De acordo com o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), essa condição perigosa de radiação, que vai do zero ao extremo 11, é especialmente prejudicial, capaz de causar problemas de saúde como queimaduras na pele e danos aos olhos. Além disso, a previsão é de que essas condições se mantenham até sexta-feira.
É importante ressaltar que, para além do aspecto da radiação solar, a poluição do ar também contribui para a situação alarmante. Isso ocorre porque a poluição interfere na camada de ozônio, permitindo que mais radiação UV chegue à terra. Infelizmente, a qualidade do ar na Região Metropolitana de São Paulo degradou na última semana, com a capital considerada a cidade mais poluída do mundo. Como se não bastasse, a população ainda enfrenta a fumaça dos incêndios florestais, baixa umidade do ar e uma onda de calor.
Essa crise climática levou à realização de uma reunião entre a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Medidas estão sendo tomadas para mitigar os impactos, incluindo o fechamento de unidades de conservação e a inclusão de mais bombeiros civis e recursos para o combate ao fogo.
Além disso, a Secretaria de Atenção Especializada em Saúde (Saes) do Ministério da Saúde elaborou planos de ação para ajudar a população afetada pelo aumento dos incêndios. As orientações incluem medidas de autocuidado, como aumentar a ingestão de água, buscar abrigo em locais frescos, evitar atividades físicas ao ar livre e manter-se distante dos focos de incêndio.
Em meio a este cenário, o governo federal monitora e assiste outras regiões que sofrem com a seca e os incêndios, como os estados do Acre, Amazonas e Rondônia. Esse evento de extremos climáticos ressalta a importância urgente de ações efetivas e ampliadas para o enfrentamento das mudanças climáticas e da poluição atmosférica.