Em meio à crescente crise de saúde provocada pelo surto de mpox, a República Democrática do Congo aguarda ansiosamente a chegada da primeira entrega de vacinas contra a doença prevista para esta quinta-feira, com uma segunda remessa esperada para a chegada no próximo sábado.
Este é um passo significativo no combate contra o surto, que marcou o Congo como o epicentro global desta doença. No mês passado, a Organização Mundial da Saúde declarou o ocorrência como uma emergência de saúde pública global. Entretanto, os esforços para conter a doença foram severamente limitados pela falta de acesso às vacinas.
A chegada destas vacinas será vital na tentativa de resolver a excepcional desigualdade que tem prejudicado os países africanos, que não tiveram acesso às vacinas enquanto estas são amplamente disponíveis na Europa e nos Estados Unidos. Essa injustiça chamou a atenção de Washington e Bruxelas que prometeram dezenas de milhares de doses da vacina fabricada pela Bavarian Nordic, que devem ser entregues em breve.
Cris Kacita, o líder da resposta ao surto de mpox no Congo, comunicou a espera pelo início da primeira onda de vacinação no dia 8 de outubro, dependendo da chegada das doses nesta semana. Contudo, a campanha de vacinação enfrenta desafios logísticos, considerando que as vacinas exigem armazenamento a temperaturas extremamente baixas e podem encontrar resistência das comunidades locais para a participação na campanha.
A vacina não será distribuída assim que for recebida, disse Kacita, explicando o possível atraso de um mês desde a chegada da vacina até o lançamento da campanha. Precisamos nos comunicar para que a população aceite a vacinação. Essa ausência do imunizante resultou em uma luta contra o tempo para proteger os cidadãos do Congo contra a mpox e destaca a necessidade de um acesso mais igualitário às vacinas em todas as partes do mundo.