O Sul do Brasil se prepara para um fenômeno alarmante conhecido como “chuva preta”. A chegada de uma nova frente fria, aliada à presença de fuligem em alta escala na atmosfera, oriunda das recentes queimadas, são os fatores que podem ocasionar essa ocorrência nas próximas semanas.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta sobre a possibilidade de contaminação na água da chuva. Esses contaminantes tornam a água imprópria para consumo, além de serem prejudiciais ao meio ambiente.
A chuva preta pode afetar principalmente o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, entretanto, à medida que avança, pode se estender ao Sul de Mato Grosso do Sul e ao Sudeste do país. Meteorologistas esclarecem que a combinação da fuligem, resultante das queimadas, com a umidade da frente fria proveniente da Argentina e Paraguai, tende a intensificar a ocorrência desse fenômeno.
O efeito é semelhante a uma lavagem das impurezas que foram lançadas à atmosfera, despejando todo esse material na superfície e afetando o solo, rios e vegetação local. Além disso, é esperado um aumento de chuvas na Região Sul nos próximos dias, deslocando-se em seguida para áreas de São Paulo e do extremo sul da Região Centro-Oeste.
Apesar dessas previsões, a área central do país deve continuar com altas temperaturas e clima seco. No Sul, áreas de instabilidades relacionadas ao ar quente e úmido, originário da Argentina e do Paraguai, deverão trazer mudanças climáticas.
É importante observar que essa chuva preta representará um desafio ambiental, com possíveis consequências para a agricultura e a saúde da população. Portanto, recomenda-se evitar o contato direto com a água da chuva e buscar alternativas para proteger-se dessas condições climáticas adversas. De acordo com o Inmet, a chuva só prevê diminuir entre os dias 14 e 15, quando a frente passará por São Paulo e outras áreas do Sudeste.