Polícia da Turquia prende 400 pessoas em protestos do Dia do Trabalho

A polícia da Turquia entrou em confronto com manifestantes do Dia de Maio em Istambul nesta quinta-feira (1º). A confusão incluiu pessoas sendo arrastadas e disparos de bombas de gás lacrimogêneo.

O ministro do Interior turco, Ali Yerlikaya, afirmou que a polícia deteve 409 pessoas no total, incluindo 407 em Istambul. O político afirmou ainda que um total de 286.584 pessoas participaram dos protestos, realizados em 78 províncias.

Sindicatos e ONGs convocaram marchas por toda Istambul. Nas últimas semanas, a cidade foi palco de uma onda de manifestações depois da prisão do prefeito e principal rival político do presidente Tayyip Erdogan, Ekrem Imamoglu.

Nesta quinta-feira (1º), manifestantes tentaram marchar em direção à Praça Taksim, no centro da cidade, onde todos os protestos são proibidos há anos.

A polícia entrou em confronto com pessoas que tentaram romper as barricadas.

Os manifestantes seguravam cartazes e gritavam palavras de ordem enquanto a polícia levava os detidos à força para os ônibus que os aguardavam.

Ozgur Ozel, líder do principal partido de oposição, o Partido Republicano do Povo (CHP), disse que a proibição de manifestações e passeatas na Praça Taksim demonstra “a insegurança e a falta de confiança do partido no poder”.

“Prender uma praça com milhares de policiais mostra que aqueles que lideram o país não têm autoridade real e transformaram o Estado em um estado policial”, disse Ozel a repórteres.

Confusão marca data todo ano

Protestos são realizados todos os anos na Turquia para o Dia Internacional do Trabalho, mas a polícia tem intervindo com frequência nos últimos anos.

No ano passado, a polícia deteve mais de 200 pessoas que tentavam marchar até a Praça Taksim. Em 1977, 34 pessoas foram mortas durante as manifestações do Dia do Trabalho na praça.

Em Ancara, Erdogan recebeu representantes de sindicatos e de diversas áreas profissionais para celebrar o 1º de maio. Ele afirmou que seu governo, ao longo dos anos, suspendeu algumas restrições impostas aos trabalhadores e implementou diversas emendas legais para melhorar as condições de trabalho.

Milhares de pessoas se reuniram em Ancara para marchas e manifestações em grande parte pacíficas, enquanto manifestações também foram realizadas em outras cidades.

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