O universo do boxe brasileiro encontra-se em luto, após o anúncio, nesta quinta-feira (24), do falecimento de José Adilson Rodrigues dos Santos, popularmente conhecido pelo nome de ringue, Maguila. Aos 66 anos, o ex-pugilista perdeu a luta para a encefalopatia traumática crônica, doença associada a frequentes lesões na cabeça.
O falecimento ocorreu em uma clínica de repouso na cidade de Itu, no interior de São Paulo, onde Maguila estava internado há 28 dias. A confirmação veio de Irani Pinheiro, esposa do ex-pugilista, em entrevista à TV Record. Ela detalhou o estado delicado de saúde do marido, que há 18 anos convivia com a encefalopatia, também conhecida como demência do pugilista.
Recentemente, surgiram problemas adicionais à saúde do antigo atleta. Há 30 dias foi descoberto um nódulo no pulmão. Ele sentiu muitas dores no abdômen, tiraram dois litros de água do pulmão. Não conseguimos fazer a biópsia”, lamentou Irani.
A carreira de Maguila no boxe brasileiro, seu impacto e legado são inegáveis. Sua trajetória é lembrada com admiração, respeito e saudosismo por fans e especialistas do esporte. A perda de uma personalidade tão marcante como Maguila ressalta a importância do monitoramento e da precaução relacionados à saúde dos atletas durante e após as suas carreiras, em especial naqueles esportes com elevado risco de lesões.
A luta de Maguila contra a encefalopatia traumática crônica trouxe um alerta importante sobre a doença e os desafios enfrentados por muitos outros atletas. E, mesmo neste momento de tristeza, seu exemplo permanecerá vivo, contribuindo para a conscientização sobre as consequências das lesões no esporte.
Mais do que um ícone do boxe brasileiro, Maguila deixa um legado de luta, resiliência e superação, elementos que são intrínsecos ao esporte que ele tanto amava. Portanto, sua memória permanecerá viva no coração de todos aqueles que o admiravam e, mais amplamente, na história do boxe brasileiro.