“Nosso discurso tem peso“, diz Tarcísio sobre ações da polícia

Em meio a casos de violência envolvendo a Polícia Militar de São Paulo nas últimas semanas, o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que o “discurso” de autoridades tem importância nas ações das forças de segurança.

“Nosso discurso tem peso. E, às vezes, se a gente erra no discurso, a gente dá o direcionamento errado, e a gente traz consequências erradas. E isso é fácil de ser percebido hoje”, disse Tarcísio na noite desta sexta-feira (6) em evento sobre segurança pública promovido Instituto Brasileiro de Ensino Desenvolvimento e Pesquisa, realizado na capital paulista.

Tarcísio fez a declaração em referência à fala da professora Joana Monteiro, coordenadora do Centro de Ciência Aplicada à Segurança da Fundação Getulio Vargas, que havia discursado antes.

Segundo a acadêmica, é importante “a mensagem de nossas lideranças políticas sobre o que é aceitável, o que não é aceitável” a respeito das polícias. Para Monteiro, o controle da polícia é algo muito necessário e que a corporação paulista seria uma das com mais controle. “O que a gente está vendo é a redução desse controle”, disse.

Ao falar sobre lideranças, ela fez menção a Tarcísio e a outros presentes no evento, como o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

“O que os senhores falam importa muito, absurdamente. A mensagem que vocês passam para as pessoas, para a tropa tem um efeito às vezes muito maior do que qualquer aparelho”, disse. “E a gente está num mundo muito brutalizado. Policial da ponta é talvez a pessoa que mais sofre com isso E discursos populistas de que se pode usar a força loucamente… quem mais sofre com isso é o policial na ponta. Porque ele vai cair. E quem vai ser responsabilizado criminalmente depois é ele. É a vida dele que vai acabar se isso acontecer”.

O que a gente tem visto é um processo de deslegitimação da polícia. Isso é muito grave. A gente não pode permitir. A gente precisa que o policial seja respeitado

Joana Monteiro

Para o governador, esse cenário descrito por Monteiro aponta a existência de “uma reflexão profunda que tem que ser feita de fato”.

A gente comete erros também. E os erros que a gente comete têm reflexo. E tem hora que a gente tem que parar para pensar, fazer uma reflexão e ver: onde é que estamos errando? Por que nós estamos errando? Onde que nós erramos com o discurso?

Tarcísio de Freitas

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, também participaram do evento.

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