O médico Marcus Vinícius Dias foi indicado pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, para assumir o cargo de diretor executivo da Fundação Saúde nesta terça-feira. Essa troca de comando ocorreu após a renúncia da antiga diretoria na segunda-feira.
A nomeação de Dias, segundo o governador, reforça a transparência e segurança das investigações atualmente sendo conduzidas sobre a contaminação pelo HIV de seis pacientes transplantados no Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio de Janeiro. O erro ocorreu devido aos resultados falsamente negativos em testes de sangue realizados pelo Laboratório Patologia Clínica Dr Saleme (PCS Saleme) de dois doadores de sangue.
Para o novo diretor, a prioridade será modernizar e atualizar a estrutura organizacional do órgão, acelerar os processos licitatórios e intensificar o perfil assistencial médico de alta complexidade das unidades administradas pela Fundação Saúde. O cargo de diretor jurídico, será ocupado por um procurador do estado, como parte das novas medidas da administração.
Dias possui uma ampla experiência na área da saúde, atuando como servidor de carreira do Ministério da Saúde há mais de 15 anos, onde já ocupou cargos de coordenação e direção. Ele também já foi diretor-geral do Hospital Adão Pereira Nunes e do Hospital Azevedo Lima.
A mudança na diretoria ocorre num momento em que a Fundação Saúde está sob os holofotes devido à crise causada pela contaminação de seis pacientes transplantados com o HIV. Isso ocorreu devido a erros nos resultados dos testes realizados pelo laboratório PCS Saleme que atestaram falsamente a negatividade do vírus em dois doadores de órgãos. As falhas foram constatadas e a Secretaria de Estado de Saúde do Rio (SES) ordenou novos testes em todos os doadores de órgãos que foram testados pelo laboratório.
Esse episódio enfatiza a necessidade de maior transparência e segurança no sistema de saúde, e a nomeação de Marcus Vinícius Dias é um passo importante nessa direção. Com sua vasta experiência e compromisso com o sistema de saúde, Dias agora tem o desafio de restaurar a confiança no órgão e garantir que tais erros não ocorram no futuro.