O líder da Groenlândia se encontrará com o rei dinamarquês em Copenhague na quarta-feira (8), depois que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que queria assumir o controle da ilha ártica, um território autônomo da Dinamarca.
Trump, que toma posse em 20 de janeiro, disse na terça-feira (7) que não descartaria usar ação militar ou econômica contra a Dinamarca para tornar a Groenlândia parte dos Estados Unidos. No mesmo dia, seu filho mais velho, Donald Trump Jr., fez uma visita privada à ilha rica em recursos.
O primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, que chegou a Copenhague na noite de terça-feira (7), havia anunciado antes de sua viagem que uma reunião com o rei Frederik da Dinamarca, agendada para o dia seguinte, havia sido adiada. Mas na quarta-feira (8), a corte real dinamarquesa disse que o encontro aconteceria, sem dar mais detalhes.
A Groenlândia, com uma população de 57.000 habitantes, faz parte da Dinamarca há 600 anos e agora controla a maioria de seus próprios assuntos domésticos como um território semi-soberano sob o reino dinamarquês. Suas relações com a Dinamarca têm sido tensas ultimamente por alegações de maus-tratos históricos de groenlandeses sob o domínio colonial.
Egede declarou que a ilha não está à venda, enquanto em seu discurso de Ano Novo ele intensificou a pressão pela independência da Dinamarca. A Dinamarca também diz que o território não está à venda, e que seu destino pode ser decidido apenas pelos groenlandeses.
Em 2019, Trump cancelou uma visita planejada à Dinamarca depois que a primeira-ministra Mette Frederiksen rejeitou sua ideia de os EUA comprarem a Groenlândia.
