Julho registra queda no juro médio e estabilidade na inadimplência, aponta Banco Central

O juro médio na categoria de crédito livre sofreu uma redução no mês de julho de 2023, conforme divulgado pelo Banco Central (BC) em seu último relatório de Estatísticas Monetárias e de Crédito. O relatório afirma que o índice caiu em 0,5 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês anterior, ficando em 51,2% ao ano. Para empresas, a taxa média de juros no mercado livre apresentou alta de 0,3 p.p., atingindo 21,2% ao ano.

A análise dos dados ainda destacou que os índices de inadimplência, para ambos os segmentos, se mantiveram estáveis, com 5,5% para pessoas físicas e 2,9% para pessoas jurídicas.

Segundo o relatório, o crédito rotativo foi a modalidade com as taxas de juros mais elevadas no mercado, apesar de ter registrado queda de 4,5 p.p. em relação ao mês precedente. O BC informou que a taxa média de juros para esta categoria, quando parcelada, chegou a 178% ao ano para pessoas físicas. Nesse mesmo período, o cheque especial apresentou juros médios de 127,8% ao ano, uma redução de 3,5 p.p. em relação ao mês de junho.

Tais números confirmam o padrão contínuo de queda no custo do crédito rotativo. Comparando com o mesmo período do ano passado, a queda foi de 9 p.p. Já no caso do cartão de crédito, a queda mensal foi de 4,5 p.p., colocando a taxa média anual em 82,8%. Em Julho do ano passado, essa taxa era de 101,9%.

O relatório do BC também revelou que a taxa média de juros do crédito pessoal consignado se manteve estável desde maio de 2023, em 23,2% ao ano. De outro lado, no crédito pessoal não consignado a taxa é de 89,5% ao ano, uma alta de 1,9 p.p. em comparação ao mês de junho.

As estatísticas são importantes para embasar as previsões do mercado financeiro e auxiliar na definição dos rumos da economia do país. A manutenção da inadimplência estável e a queda nas taxas de juros são indicativos na direção de um alívio financeiro gradativo para as famílias e empresas.

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