Após mais de setenta e oito meses e mais de dois mil dias desde o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em março de 2018, a busca por justiça finalmente terá um capítulo decisivo. Os ex-policiais militares acusados do assassinato, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, irão a júri popular na próxima quarta-feira.
Marielle Franco era uma vereadora pelo PSOL, conhecida por sua atuação ativa em questões sociais. Ela foi brutalmente exterminada quando voltava de um encontro de mulheres negras na noite do dia 14 de março de 2018. O motorista, Anderson Gomes, também foi atingido e faleceu no triste episódio. Além do impacto nacional, o crime ganhou destaque internacional e foi considerado um ataque flagrante à democracia.
A sequência do assassinato de Marielle Franco desencadeou uma complexa investigação, envolvendo várias instâncias policiais e com várias reviravoltas. Após extensas investigações, os ex-PMs Ronnie Lessa e Elcio Queiroz foram presos.
Ademais, foram presos os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, apontados como os mandantes do assassinato, além do ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa. O processo ainda está em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF), o que demonstra a complexidade e magnitude do caso.
A chegada do caso a júri popular é visto como um momento decisivo na busca por justiça. As expectativas são altas e os olhos do mundo estarão voltados para os trabalhos do júri na quarta-feira. O ambiente será intenso, mas o esforço para que a justiça prevaleça será ainda maior. Além disso, o julgamento também tem potencial para destacar questões sobre o destino dos casos de violência contra mulheres, pessoas negras, faveladas e LGBTQIAPN+ no Brasil.
Sem dúvida, a busca por justiça em um crime tão emblemático e chocante é longa e árdua. No entanto, estes próximos passos representam uma esperança profundamente necessária para a família, os amigos e todos aqueles que tem se mobilizado pela justiça para Marielle Franco e Anderson Gomes. Resta aguardar que a ordem jurídica prevaleça e que estes terríveis atos de violência sejam devidamente punidos.