O Ministério da Fazenda do Brasil declarou que, caso a isenção de carnes seja efetuado na cesta básica prevista na regulamentação oficial da reforma tributária, ocorrerá um aumento de 0,53% na alíquota geral do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA), subindo de 26,5% para 27,03%. Esta estimativa foi confirmada pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em uma reunião com líderes partidários e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
A Receita Federal forneceu esta estimativa, que está ligeiramente abaixo da projeção do Banco Mundial, que estimou um impacto de 0,57% na alíquota geral do IVA. Se a isenção for aprovada, o Brasil se tornará o país com a maior alíquota do mundo de IVA, superando a Hungria, que atualmente sustenta uma alíquota de 27%.
A inclusão de exclusões, tais como alíquotas mais baixas e regimes especiais, dentro do modelo de reforma tributária, resulta no aumento de alíquota para os demais produtos. Segundo Haddad, a desoneração das carnes representa o principal obstáculo para a aprovação do projeto de lei. Embora o Deputado Lira tenha desistido da inclusão de carnes na cesta básica com alíquota zero, a bancada ruralista continua a pressionar pela reintegração do ponto.
Outros pontos de controvérsia incluem a exclusão de armas e munições e a imposto incidente sobre produtos que danificam a saúde humana ou ambiente, incluindo carros elétricos.
Uma proposta alternativa em discussão é o aumento do cashback, a devolução de tributos a famílias que estão incluídas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), como forma de compensar a manutenção da carne na lista de produtos com alíquota reduzida para 40% da alíquota cheia. A implementação deste mecanismo também está sendo discutida no projeto de lei complementar.