Investigação em Curso: Transplantes infectados com HIV no Rio de Janeiro

A Polícia Federal abriu um inquérito na semana passada para investigar um grave incidente de saúde pública no Rio de Janeiro: a infecção pelo HIV de seis pacientes após receberem transplantes cirúrgicos. Essa investigação, que começou no sábado, 12 de fevereiro, é apenas uma das muitas em andamento que procuram descobrir como isso poderia ter acontecido.

Outras instituições também estão realizando investigações. Entre elas encontram-se a Polícia Civil, o Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro. O foco dessas investigações é determinar como esses pacientes foram infectados após o transplante de órgãos, que incluem rins, fígado, coração e córnea, vindos de dois doadores portadores do vírus HIV.

Antes dos transplantes, os órgãos doados foram testados no laboratório de Patologia Clínica Dr. Saleme (PCS), e, no entanto, surpreendentemente, os resultados laboratoriais concluíram que os materiais não eram reagentes para o HIV.

O Ministério da Saúde, tendo sido notificado da suspeita de transmissão do HIV em setembro pela Secretaria de Saúde do Rio, reagiu prontamente, emitindo recomendações urgentes à Central de Transplantes do Rio de Janeiro e aos órgãos de controle. Essas recomendações incluíram a identificação e notificação imediata dos demais receptores de órgãos e tecidos dos mesmos doadores infectados.

Neste cenário, é crucial aprimorar as medidas de segurança em relação aos transplantes de órgãos, principalmente considerando o possível período de janela imunológica no momento do transplante. Esse período se refere ao tempo entre a exposição ao vírus e a produção de anticorpos suficientes para serem detectados por testes.

Todos esses procedimentos visam prevenir não apenas a transmissão do HIV, mas também de outras doenças por meio de transfusão de sangue. Assim, o Ministério da Saúde reafirma que a segurança dos receptores de transplantes e de sangue, bem como a integridade do Sistema Nacional de Transplantes e da Rede de Sangue e Hemoderivados, são a máxima prioridade.

Com uma urgência percebida, e em um esforço para prevenir mais casos, o Ministério da Saúde solicitou a interdição cautelar do Laboratório PCS Saleme/RJ. Além disso, a pasta determinou que a testagem de todos os doadores de órgãos no Rio de Janeiro deveria ser feita exclusivamente pelo HemoRio, usando o teste NAT, produzido pela Fiocruz.

No geral, o incidente e a subsequente investigação destacam a importância crítica de procedimentos de triagem robustos e eficazes para doadores de órgãos. Eles também sublinham a necessidade de um sistema de resposta rápida em situação de infecção, a fim de interromper a cadeia de transmissão e limitar a propagação do vírus.

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