A Ciência Pioneira, sob a supervisão do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), lançou na última terça-feira (16) sua primeira chamada pública para apoiar jovens cientistas brasileiros com carreiras independentes. A chamada é direcionada a doutores que obtiveram seus títulos há até 10 anos para homens, e há 12 para as mulheres com filhos.
A proposta oferecerá uma ajuda financeira de R$ 160.000 anualmente para um máximo de 15 pesquisadores selecionados que apresentarem projetos inovadores, concentrando-se principalmente nas áreas de ciências biomédicas e saúde. Adicionalmente, há uma disposição para contemplar projetos que se alinhem com ciências exatas, como matemática e física, com um foco particular em biologia molecular e celular, física e matemática da biologia, e neurociência e cognição.
Os recursos financeiros serão administrados por uma fundação, de acordo com Sérgio Ferreira, diretor científico da Ciência Pioneira. A seleção ocorrerá em duas fases, começando com a submissão de pré-propostas a partir de 1º de setembro. De acordo com Ferreira, serão aceitos resumos e/ou projetos simplificados nesta fase, com a previsão de serem selecionados 60 projetos inovadores.
Ferreira avalia que serão recebidas inscrições de candidatos/participantes que estejam associados a instituições universitárias e institutos de ciência e tecnologia públicos ou privados de todo o Brasil. Porém, ele esclareceu que o vínculo empregatício ou funcional com essas instituições não é um pré-requisito obrigatório.
Além disso, os escolhidos para essa iniciativa sólida terão acesso à infraestrutura do IDOR, dependendo da natureza de suas pesquisas. No final, 15 sortudos serão apoiados financeiramente por um período de três anos, com um investimento total de R$ 7,2 milhões, equivalentes a R$ 2,4 milhões por ano.
Além disso, Ferreira revela que haverá uma segunda chamada, aberta para novos candidatos e projetos existentes que estejam em andamento ou queiram ser renovados. Os candidatos oriundos do estado do Rio de Janeiro, onde fica a sede do IDOR, que forem contemplados na primeira chamada, receberão recursos adicionais da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), um incentivo adicional. A Ciência Pioneira prevê um investimento de até R$500 milhões em pesquisa de ponta pelos próximos 10 anos, já que vem apoiando pesquisadores por meio de parcerias com universidades e centros de pesquisa de vários cantos do mundo, desde 2022.
