A Polícia Federal (PF) atualizou recentemente o número de candidatos presos em meio ao período eleitoral das eleições municipais deste ano. De acordo com as informações, esse número aumentou para 36, com as prisões sendo executadas em dez estados brasileiros. Este número representa um aumento em relação ao relatório anterior, que confirmou 31 prisões.
Essas prisões ocorreram antes do prazo estabelecido pela legislação eleitoral, que prevê a impossibilidade de realizar prisões de candidatos a partir do dia seguinte, com exceção das efetuadas em flagrante. Segundo as regras, as prisões poderiam ocorrer dessa forma até o fim do primeiro turno, que foi realizado no dia 6 de outubro.
Os estados onde as prisões foram executadas são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Maranhão, Acre, Rio Grande do Sul, Sergipe, Roraima, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Os candidatos presos estavam enfrentando processos judiciais por diversas acusações, como tráfico de drogas, corrupção, promoção de imigração ilegal, delitos sexuais, posse ilegal de armas de fogo, falta de pagamento de pensão alimentícia e ainda por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro.
As eleições de 2024 representaram uma grande disputa política com nomeados para prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em 5.569 municípios. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a disputa foi acirrada, com mais de 463,35 mil candidatos pleiteando os cargos disponíveis. No total, o TSE registrou a disponibilidade de 5.569 vagas para prefeituras, além de 5.569 para vice-prefeituras e inúmeros cargos de vereadores nas câmaras municipais, que representam o Legislativo dos municípios.
No pleito deste ano, o Brasil tinha 155,9 milhões de pessoas aptas a votar. Interessante notar que, por se tratar de eleições municipais, os eleitores que estão no exterior não estavam obrigados a participar. Espera-se que esses incidentes de prisões não obscureçam a representatividade deste importante exercício democrático e que a justiça seja feita em todos os casos.
