Na tarde de sexta-feira (23), um voraz incêndio engolfou a vegetação da parte alta do Morro do Sapo, uma das comunidades que formam o notório Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Aggravado pela intensa estiagem que assola a capital recentemente, a rápida propagação de chamas e fumaça resultou em uma situação alarmante.
O incêndio teve início às 14h34, resultando da imprudente ação de moradores atiçando o fogo na vegetação. Rapidamente, equipes do quartel dos bombeiros de Ramos foram acionadas e chegaram ao local para enfrentar o avanço do fogo. Posteriormente, reforços do quartel da Penha foram enviados para auxiliar na operação incansável de combate ao incêndio.
Devido a localização do incêndio na parte mais alta da comunidade, o acesso ao local se tornou um desafio para os bombeiros, amplificando a complexidade da situação. Moradores, movidos pela coragem e desespero, se uniram aos esforços para controlar o fogo, utilizando baldes de água, no entanto, a ação se revelou insuficiente dado a magnitude do fogo.
Através do persistente e profissional trabalho do Corpo de Bombeiros, às 17h36, o incêndio estava sob controle, não chegando a atingir as casas localizadas na parte alta da comunidade. A ação rápida e eficaz certamente evitou um possível resultado devastador.
O Complexo do Alemão é composto por 12 associações de moradores que representam 13 favelas: Alvorada, Baiana, Casinhas, Esperança, Grota, Itararé, Matinha, Mineiros, Morro do Adeus, Morro do Alemão, Nova Brasília, Pedra do Sapo e Reservatório de Ramos. Segundo o Censo 2022, do IBGE, quase 55 mil pessoas residem no complexo.
Apesar da intensidade do incidente, é crucial ressaltar que a ação dos bombeiros evitou que danos diretos fossem causados às residências da comunidade. Esta situação alarmante serve também como lembrete urgente da necessidade de medidas de prevenção eficazes contra incêndios nas comunidades urbanas, especialmente durante períodos de seca severa.