O emblemático e suntuoso Edifício Gustavo Capanema, no coração da cidade do Rio de Janeiro, símbolo arquitetônico e cultural do Brasil, foi reinaugurado nesta terça-feira (20).
O Palácio Capanema, como ficou conhecido, estava fechado para obras desde 2019 e, agora, volta a receber o público e abrigar equipes de instituições ligadas ao Ministério da Cultura.
O prédio com 16 andares, erguido no período que coincide com o Estado Novo, entre os anos de 1937 e 1945, já foi sede dos ministérios da Educação e da Saúde e, hoje, é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da reinauguração ao lado da primeira-dama, Janja Lula da Silva, da ministra da Cultura, Margareth Menezes, entre outras autoridades, artistas, personalidades e convidados.
O evento de reinauguração do Capanema também teve a entrega da Ordem do Mérito Cultural (OMC) a personalidades e instituições brasileiras. O prêmio é a maior honraria do setor cultural do país. A premiação estava suspensa desde 2019 e, neste retorno, celebra as quatro décadas de criação do Ministério da Cultura, com o tema “40 anos do MinC: Democracia e Cultura”.
“É preciso lembrar, sempre e sempre, da extraordinária contribuição da cultura para a defesa da democracia”, afirmou Lula em discurso no evento.
“A cultura de um povo é uma força coletiva tão poderosa que estará sempre na linha de frente de resistência contra todo e qualquer regime de exceção”, acrescentou.
Capanema
O Palácio Capanema foi reinaugurado após uma ampla obra de conservação e modernização conduzida pelo Iphan dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).
As obras receberam investimento de R$ 84,3 milhões e incluíram a modernização das instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, de climatização e de combate a incêndios, além da recuperação do mobiliário original, restauração das luminárias, persianas e dos jardins projetados pelo paisagista Roberto Burle Marx.
O prédio também ganhou um novo sistema de vigilância. Até o segundo semestre, as obras de arte também passarão por restauros. Toda a intervenção está sendo conduzida pelo Iphan, respeitando as características históricas e arquitetônicas do prédio.
A nova proposta para o palácio concilia espaços culturais e áreas abertas à visitação pública (60% do prédio) com os escritórios do MinC e suas entidades vinculadas (40%).
Entre os destaques, está a transformação do chamado “pavimento do ministro” em área visitável e a criação de um espaço multiuso no nono andar, além da preservação de ambientes emblemáticos como o Auditório Gilberto Freyre e a Biblioteca Euclides da Cunha. Além disso, estão previstos para a cobertura um restaurante e um café.