A jornada para fortalecimento da indústria de saúde do Brasil está ganhando empuxo inédito. Durante anúncio recente no Palácio do Planalto, em Brasília, o Governo Federal e empresas do complexo econômico-industrial da saúde divulgaram investimentos conjuntos que somam R$57,4 bilhões.
Essa decisão estratégica faz parte da nova política industrial em vigor desde janeiro, tendo em vista a consolidação do país como potência na produção de medicamentos e produtos de saúde. O principal objetivo é aumentar a produção nacional desses bens de 45% para 70% da necessidade doméstica até 2033.
Geraldo Alckmin, vice-presidente e Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, explicou que a atual porcentagem de produção no país é de 45% e que a meta até 2026 é atingir 50%, chegando finalmente a 70% em 2033.
Luciana Santos, Titular do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, destacou a importância desse aumento substancial na produção interna de medicamentos e produtos de saúde como uma questão de soberania nacional. Ela relembrou desafios enfrentados durante a pandemia da covid-19 devido à dependência de importações, apesar da força do Brasil na produção de vacinas.
No âmbito dos investimentos, a indústria da saúde irá contar com um financiamento público robusto de R$16,4 bilhões, ao qual se somarão R$39,5 bilhões em investimentos privados do setor, incluindo empresas da indústria médica e farmacêutica. O Grupo FarmaBrasil, Interfarma e Sindusfarma vão fazer aportes da ordem de R$33,5 bilhões para financiar novas plantas industriais e expandir a produção nacional de insumos até 2026.
Em meio aos avanços industriais, Reginaldo Arcuri, Presidente-executivo do Grupo FarmaBrasil, pontuou a urgência de garantir segurança jurídica e previsibilidade nas políticas públicas, dada a natureza longa dos processos de desenvolvimento no setor.
Como parte dessa estratégia de ampliação e incentivo à indústria da saúde, a Nova Indústria Brasil (NIB), política do governo que visa o uso de recursos públicos para atrair investimentos privados, anunciou um incremento extra de R$42,7 bilhões para o Plano Mais Produção.
Esses investimentos vão desde a criação de linhas de crédito especiais, subvenções e ações regulatórias, até políticas de obras e compras públicas, com incentivos ao conteúdo local. Dessa forma, o desdobramento desses esforços contribuirá significativamente para aprimorar a indústria de saúde, potencialisando sua capacidade de inovação e soberania nacional.