A atleta Tayana Medeiros, orgulho do Rio de Janeiro, espantou o público e a concorrência no último domingo (8), ao conquistar a medalha de ouro na categoria de até 86 quilos do halterofilismo nos Jogos Paralímpicos de Paris. Mas não parou por aí, a carioca ainda estabeleceu um novo recorde paralímpico ao levantar incríveis 156 quilos.
A competição foi acirrada, com a chinesa Feifei Zheng nocauteando fortemente com 155 quilos para garantir a medalha de prata, enquanto Marion Alejandra Serrano do Chile fechou o pódio com o bronze por levantar 134 quilos. No entanto, foi Tayana que roubou a cena com seu desempenho impressionante e sua história inspiradora.
Nunca havia feito [156 quilos], meu máximo hoje era 150 quilos. Quando discutimos tudo, meu técnico me perguntou se eu estava pronta. Eu respondi que estava mais que preparada, declarou a atleta de 31 anos após sua vitória.
Seu caminho não foi fácil. Nascida e criada no Morro da Fé, uma das favelas do Complexo da Penha, no Rio de Janeiro, Tayana lembra dos três anos de preparação para este evento, marcados por mudanças radicais que incluíram se mudar para Uberlândia, deixando seu lar para viver em outro estado.
Esta medalha é bem mais do que apenas uma vitória personal. Trata-se de uma representação tangível do poder do esporte para transformar vidas, algo que Tayana reconheceu, ao agradecer a Deus pelas oportunidades que recebeu, apesar dos muitos desafios que enfrentou.
O feito de Tayana foi a quarta medalha do Brasil em halterofilismo nos Jogos de Paris, seguindo-se à vitória de Mariana D’Andrea na categoria até 73 quilos, de Lara Lima na categoria até 41 quilos, e de Maria Fátima de Castro na categoria de até 67 quilos. Essas conquistas ilustram a força e habilidade dos titãs paralímpicos brasileiros e a posição de destaque do país nas competições de halterofilismo.