O Ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, propôs nesta quinta-feira (24) uma mudança significativa na destinação dos recursos obtidos por meio da taxação de grandes fortunas. Durante o debate em encontro do G20, defendeu que parte desses recursos seja alocada para o financiamento de ações de proteção e defesa civil. A proposição tem como objetivo a redução das desigualdades socioeconômicas da parcela mais vulnerável da população, frequentemente devastada por eventos climáticos extremos.
A discussão sobre a taxação de grandes fortunas e sua aplicação em programas sociais tem estado na agenda das nações do G20, que é um dos principais fóruns de discussão econômica global. O grupo assumiu o compromisso de implementar medidas para a diminuição da desigualdade social, sendo esta proposta parte dessa ação.
A proposta está sendo defendida como uma estratégia para o Brasil, e para o mundo, na implementação de políticas públicas que diminuam a precariedade das populações em situação de risco. A expectativa é que ao garantir recursos para a defesa civil, as áreas mais necessitadas recebam maior apoio e tenham suas estruturas fortalecidas.
Além disso, o ministro destacou que, conforme a proposta, uma das ações diretas desses fundos é a oferta de microcrédito para a agricultura familiar nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde são operados com recursos dos fundos constitucionais dessas regiões, o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) e o do Centro-Oeste (FCO).
Ainda está previsto para o começo de novembro o início dos testes do Sistema de Alerta Precoce para as regiões Sul e Sudeste, com o objetivo de antecipar possíveis crises e maximizar a eficácia das ações de resposta.
O debate do G20 traz à tona a necessidade crucial de repensar a destinação de recursos e a implementação de políticas públicas voltadas para a proteção das populações mais vulneráveis. Reitera a importância dos líderes globais na tomada de ações que busquem minimizar as disparidades econômicas e assegurem a proteção àquelas populações mais sujeitas aos efeitos de eventos climáticos extremos.