O G20, composto pelas dezenove maiores economias do planeta, junto com a União Africana e a União Europeia, deu um importante passo na noite de quarta-feira (23). O grupo aprovou uma estratégia de reformas destinada aos bancos multilaterais de desenvolvimento, incluindo o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Novo Banco de Desenvolvimento (antigo Banco do Brics).
A essência dessa reforma reside em três pilares fundamentais: o aprimoramento da eficiência operacional, o aumento da capacidade financeira e o fortalecimento da coesão e eficácia dessas instituições financeiras. Para o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, adaptar-se às dinâmicas em constante transformação no cenário global de desenvolvimento é uma necessidade iminente.
O plano de reforma busca ampliar os investimentos em projetos sustentáveis, incentivando práticas mais amigáveis ao meio ambiente e promovendo uma mudança positiva em toda a comunidade global. Haddad defendeu mecanismos de proteção cambial, afetados por períodos de alta do dólar, bem como incentivo aos financiamentos nas moedas locais.
Um dos pontos centrais do plano é a mobilização de recursos privados para financiar investimentos rumo ao desenvolvimento sustentável. Na visão de Haddad, a ampliação desses investimentos é necessária para superar a taxa atual de alavancagem, que se encontra em uma pequena parcela dos desembolsos dos bancos multilaterais de desenvolvimento.
A iniciativa foi recebida com entusiasmo pelo ministro da Fazenda, que vê o roteiro G20 como um avanço decisivo para transformar instituições financeiras em promotoras ativas do desenvolvimento sustentável. O plano, que contou com a contribuição de especialistas, membros da sociedade civil e representantes do próprio setor bancário, servirá como uma diretriz para os bancos adaptarem suas operações e estratégias com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
No entanto, a aprovação deste roteiro só é o começo de um processo mais longo e complexo. A implementação e o acompanhamento dessas reformas serão fundamentais para garantir que os bancos multilaterais de desenvolvimento estejam realmente cumprindo o compromisso de promover o desenvolvimento sustentável e enfrentar os desafios globais. Ou seja, o progresso real só poderá ser medido após a ação concreta dos bancos.
Com essa reforma, espera-se que os bancos de desenvolvimento não apenas promovam o crescimento, mas também que o façam de maneira a beneficiar tanto o planeta quanto as gerações futuras. Este é um passo significativo em direção a um futuro mais sustentável e equitativo. Uma ação concreta que demonstra o compromisso do G20 em fazer a diferença no caminho em direção ao desenvolvimento sustentável global.