Pesquisadores realizam estudos em um fóssil de mamute bebê cujos restos notavelmente bem preservados foram descobertos no degelo do permafrost da Sibéria após mais de 50 mil anos.
A criatura, parecida com um pequeno elefante com tromba, foi recuperada da cratera Batagaika, uma enorme depressão com mais de 80 metros de profundidade que está se alargando devido às mudanças climáticas.
A carcaça, pesando mais de 110 kg, foi trazida à superfície em uma maca improvisada, disse Maxim Cherpasov, chefe do laboratório do Museu do Mamute Lazarev, na cidade de Yakutsk.
Ele disse que o mamute, provavelmente, tinha pouco mais de um ano quando morreu, mas testes permitiriam que os cientistas confirmassem isso com mais precisão. O fato da cabeça e do tronco terem permanecido quase intactos é algo particularmente incomum.
“Como regra, a parte que descongela primeiro, especialmente o tronco, é frequentemente comida por predadores modernos ou pássaros. Aqui, por exemplo, embora os membros anteriores já tenham sido comidos, a cabeça está notavelmente bem preservada”, disse Cherpasov à Reuters.
Esta é a mais recente de uma série de descobertas espetaculares no permafrost russo. No mês passado, cientistas na mesma vasta região nordeste — conhecida como Sakha ou Yakutia — exibiram os restos mortais de 32 mil anos de um pequeno filhote de gato dente-de-sabre, enquanto no início deste ano uma carcaça de lobo de 44 mil anos foi descoberta.
Young mammoth remains found nearly intact in Siberian permafrost https://t.co/ZYFFRkrsj9 pic.twitter.com/wo1i6sBkog
— Reuters (@Reuters) December 23, 2024