Fiocruz anuncia programa inovador de certificação para bancos de leite humano

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou, nesta segunda-feira (2), o lançamento internacional do seu Programa de Certificação de Bancos de Leite Humano (PCFioBLH). A ação é uma estratégia conjunta com o Ministério da Saúde e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE), no intuito de fortalecer as capacidades científica, produtiva, tecnológica, gerencial e de garantia de qualidade na Rede Global de Bancos de Leite Humano.

O programa irá atender tanto às demandas do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às dos países cooperantes, visando à segurança alimentar e nutricional para os recém-nascidos e lactentes.

Com o lançamento, o programa começa a ser implementado em Cabo Verde, Guatemala e Paraguai, marcando assim sua expansão. O pesquisador da Fiocruz, João Aprígio, afirmou que o programa de certificação de qualidade do banco de leite humano foi integralmente desenvolvido nos laboratórios da Fiocruz. O programa tem o objetivo de prover a rede de bancos de leite humano de cada um dos países participantes dessa iniciativa com um sistema formal de avaliação contínua da efetividade das ações.

O programa não só assegura a qualidade dos produtos e dos processos, mas proporciona um sistema dinâmico de informação sobre oportunidades de melhoria. Esses fatores são essenciais para garantir o acesso e a qualidade do leite humano, pilares fundamentais para a segurança alimentar e nutricional.

Desde o seu lançamento inicial no ano anterior, o programa foi inicialmente implementado no Brasil, com foco especial em Brasília – a única cidade no mundo autossuficiente em leite humano. A partir daqui, o projeto passou também pela prospecção e avaliação em El Salvador e agora começa a se expandir a outros países em parceria com ABC.

A diretora da Fiocruz/Brasília, Fabiana Damásio, expressou sua emoção ao dizer que a rede de bancos de leite humano é um programa que nos emociona por tudo que consegue fazer principalmente salvando vidas de crianças. Este programa é estratégico pois se comprova no mundo real o poder e a capacidade das instituições brasileiras de inovar e exportar soluções eficientes na promoção da saúde global.

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