Com o objetivo de analisar o impacto das apostas online na renda familiar, a Federação Brasileira de Bancos, conhecida como Febraban, propõe ao governo a organização de uma força-tarefa. Este time interdisciplinar teria representantes do governo, do setor produtivo e de instituições financeiras.
A necessidade é de um diagnóstico preciso sobre os efeitos dessa atividade emergente no Brasil. O presidente da Febraban, Isaac Sidney, destacou a importância desta análise em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Sidney expressou preocupação com possíveis problemas de endividamento, lavagem de dinheiro e impactos nos benefícios sociais, como o Bolsa Família.
Em meio à discussão sobre o endividamento causado por jogos de azar eletrônicos, ainda há incertezas sobre as medidas a serem implementadas. A Febraban não tem a responsabilidade direta de propor políticas públicas, mas está atenta às precauções necessárias para evitar o superendividamento.
Além disso, a Febraban defende a restrição temporária do uso do Pix como meio de pagamento para as apostas. Esta proibição seria mantida até a implementação definitiva da regulamentação de apostas virtuais em janeiro. Esta posição é respaldada por discussões anteriores entre os bancos, embora oficialmente a organização afirme que seja uma opinião pessoal de seu presidente.
Neste momento, a Abecs proibiu o uso de cartões de crédito para este fim, apesar de representar apenas uma pequena parte das transferências para as apostas online. Em grande parte, os pagamentos são realizados via Pix, com sua predominância sobre as apostas virtuais estimada entre 85% e 99%.
É importante que todas as discussões e medidas tenham como principal norte o bem-estar e a saúde financeira das famílias brasileiras. A Febraban, assim como outras instituições, desempenha um papel crucial na discussão de soluções para possíveis problemas emergentes relacionados à indústria de apostas online.