Discursos de liderança política, muitas vezes, carregam mensagens que têm um impacto potencial de mudar significativamente o rumo das relações internacionais. Um desses discursos proeminentes aconteceu recentemente, quando o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu a necessidade de rever e estabelecer novos acordos comerciais entre Brasil e México.
Em um fórum que reuniu mais de 400 empresários de ambos os países na Cidade do México, Lula argumentou que os acordos comerciais atuais precisam ser reavaliados e aprimorados para maximizar todo o potencial de comércio e investimentos entre as duas nações.
O potencial da economia mexicana é extraordinário, o potencial da economia brasileira é extraordinário, eu acho que nós ainda não conseguimos utilizar 70% do potencial que nós temos, disse Lula. Ele se referiu à necessidade de estabelecer novos acordos e discuti-los profundamente, reforçando que uma política de relação comercial eficaz é uma via de duas mãos, onde há um equilíbrio na venda e compra de produtos e serviços.
Lula estava no México para a posse da nova presidente, Claudia Sheinbaum. Ele desafiou os empresários presentes no encontro a enfrentarem sem medo as questões comerciais, afirmando que a futura presidente e ele poderiam trabalhar juntos para beneficiar as populações de ambos os países.
Durante seu discurso, Lula destacou a importância da aliança com o Congresso Nacional na aprovação de projetos importantes, como o arcabouço fiscal e a reforma tributária. Ele defendeu as agendas de seu governo que visam oferecer previsibilidade e estabilidade ao país.
O Brasil tem mais de 150 empresários de diferentes setores participando desse fórum no México. Os painéis do fórum abordaram investimentos, segurança alimentar, exploração de alimentos, cadeias produtivas, e novas indústrias entre outros.
Os esforços do governo brasileiro estão focados no aprofundamento do acordo de complementação econômica entre Brasil e México, o ACE 53. Este acordo é o tema de muitas discussões, pois visa ampliar o número de linhas comerciais beneficiadas com tarifas mais baixas.
O México é atualmente o sexto parceiro comercial do Brasil e o quinto principal destino das exportações brasileiras. No entanto, o volume de transações comerciais entre Brasil e México ainda representa apenas 2,5% das exportações totais, sendo um valor similar ao registrado com o Chile, um dos principais parceiros comerciais do Brasil.
Em suma, o discurso de Lula indicou a necessidade urgente de explorar os acordos comerciais entre Brasil e México, a fim de aproveitar as oportunidades de crescimento econômico e fortalecer as relações bilaterais. Permitir acordos mais equitativos e eficientes pode beneficiar não apenas os setores econômicos de ambos os países, mas também suas populações.