Na sexta-feira, a frágil paz no Oriente Médio foi novamente abalada pelo impressionante aumento da violência entre Israel e o Hezbollah. A fornada mais recente de ataques aéreos marca a fase mais intensa do conflito que já perdura por quase um ano.
Os ataques até agora resultaram em 37 mortes e milhares de feridos. A situação alarmante chamou a atenção da UNIFIL, a força de paz da ONU no Líbano. Na sexta-feira, a UNIFIL pediu uma redução imediata na escalada das hostilidades na fronteira libanesa-israelense após estes intensos ataques aéreos.
Fontes de segurança no Líbano descreveram este último ataque como o mais pesado desde o início de hostilidades aparentemente intermináveis em outubro passado. O Exército de Israel revelou que centenas de lançadores de foguetes do Hezbollah, apoiado pelo Irã, foram atingidos.
Esse recente agravamento do conflito apresenta uma nova dimensão de perigo. Os membros do Hezbollah foram alvo de um ataque sem precedentes, que resultou em uma onda de explosões de walkie talkies e pagers, matando alarmantes 37 pessoas e ferindo milhares. Uma fonte libanesa familiarizada com os componentes do dispositivo relatou que baterias de walkie talkies foram carregadas com PETN, um composto altamente explosivo e extremamente difícil de detectar.
O Hezbollah retaliou, com seu combatentes disparando um míssil guiado contra as tropas israelenses em Metula, uma cidade frequentemente alvo de ataques do grupo no último ano. A intensificação desta semana dos ataques levou o comando da Frente Interna das Forças Armadas de Israel a instruir a população a permanecer perto de seus abrigos.
O contínuo conflito entre Israel e o Hezbollah atualmente representa o pior desde a guerra de 2006. A luta causou a deslocação de dezenas de milhares de pessoas e semeou o temor de uma possível ampliação e intensificação ainda maior do conflito. Na quinta-feira, os Estados Unidos pediram a todas as partes que evitem a escalada, reforçando que a prioridade é encontrar uma solução diplomática.
Mais de 460 combatentes do Hezbollah e aproximadamente 170 civis foram mortos desde o início do conflito. As perdas em Israel foram igualmente dolorosas, com pelo menos 52 mortes, divididas igualmente entre civis e militares. O Conselho de Segurança das Nações Unidas, composto por 15 membros, realizará uma reunião nesta sexta-feira para discutir as explosões, esperando determinar uma solução que possa garantir a paz na região.
