A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) deu início a um processo administrativo contra a Enel, uma das principais companhias de eletricidade do Brasil. A medida vem na sequência de uma falha massiva de energia que afetou a cidade de São Paulo, deixando mais de 3 milhões de pessoas sem eletricidade. A investigação irá aprofundar-se no desempenho da empresa perante a crise e na eficácia dos seus canais de comunicação.
O processo foi motivado pela resposta da Enel às solicitações de informações feitas pela Senacon por duas vezes na mesma semana. A agência alegou que a Enel proveu apenas parte das informações requisitadas sobre o impacto da falta de energia para seus clientes. Além disso, a Senacon quer também avaliar a eficácia dos canais de comunicação da companhia e de atendimento aos consumidores afetados pelos apagões.
Outro ponto de destaques na investigação será o plano de contingência apresentado pela Enel e as medidas preventivas tomadas pela distribuidora para lidar com falhas de energia. O órgão pretende analisar a manutenção da rede, a poda de árvores e possíveis falhas na prestação do serviço.
O secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, enfatizou em nota que “eventos climáticos extremos, embora desafiadores, não podem servir como justificativa para a falta de planejamento e resposta adequada de empresas concessionárias”. Aparentemente, mesmo que fenômenos climáticos possam desencadear apagões, as empresas devem estar preparadas para lidar com tais situações e mitigar seu impacto para os clientes, conforme mencionado pela Senacon.
A partir dessa situação, fica claro que a Senacon tem por objetivo assegurar que a Enel e outras empresas de energia tenham um plano de resposta eficaz para incidentes de grande escala. Com essa ação, a Secretaria Nacional do Consumidor demonstra seu papel fundamental na proteção e garantia dos direitos dos consumidores.