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Eleições de 2024: Duplamente mais violentas que a disputa anterior, aponta estudo

A violência política está de forma alarmante nas eleições de 2024 no Brasil. Os casos de violência nesta disputa estão mais que o dobro da eleição passada, em 2020, num aumento de 130%, de acordo com a pesquisa Violência Política e Eleitoral no Brasil, realizada pelas organizações Terra de Direitos e Justiça Global.

Em uma série de incidentes chocantes, uma candidata a vereadora do Rio de Janeiro sobreviveu a uma tentativa de assassinato depois que seu carro blindado foi atingido por balas. Em São Paulo, duas situações de violência, uma candidata municipal teve seu automóvel atingido por tiros, e o coordenador de campanha de um outro candidato em Sumaré, foi alvo de violência por dois homens armados.

O relatório da pesquisa revela que o aumento da violência nas eleições de 2024 é bastante superior ao compará-lo com as eleições de 2020. Hoje, são relatados cerca de 1,5 casos diários de violência política pelo país, no entanto, em 2020 havia x1 ocorrência a cada uma semana.

Durante a pré-campanha de 2024 foram registrados 145 casos de violência, que incluíram assassinatos, atentados, ameaças e outros crimes. No mesmo período de 2020 foram contabilizados 63 casos, sendo 14 assassinatos, 15 atentados e dez ameaças.

Gisele Barbieri, coordenadora da Terra de Direitos, divulga que em anos de pleito eleitoral, se percebe uma tendência de acirramento da violência política, que, além de atingir todas as esferas políticas, afeta desproporcionalmente as mulheres.

Os dados da pesquisa serão novamente atualizados após o primeiro turno das eleições. Se a tendência de violência for mantida, se prevê um aumento ainda maior dos níveis de hostilidade política.

Para dar uma amplitude da situação, do período de 1º de janeiro de 2016 a 15 de agosto de 2024, foram registrados 1.168 casos de violência política no Brasil. O número já inclui os novos dados da pesquisa que descreve o tipo de ocorrência, perfil das vítimas, casos por região e também categoriza por cor e raça.

Esta situação gera uma reflexão sobre como a violência política é um entrave sério ao processo democrático, e urge medidas para coibir tais manifestações e garantir o exercício seguro e livre das atividades políticas.

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