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Ecoando a Dor: Mães de Vítimas da Violência Estatal Marcham no Grito dos Excluídos no Rio

No coração do Rio de Janeiro, o Grito dos Excluídos ecoou pelas ruas. Na vanguarda deste poderoso protesto estavam mães que sofreram perdas inimagináveis – os seus filhos, vítimas da violência estatal. Armadas com retratos de seus entes queridos e uma determinação inabalável por justiça, estas mulheres lideraram a manifestação sob o lema inspirador Todas as formas de vida importam.

Esta marcha anual, que tradicionalmente ocorre em 7 de setembro, alcançou a sua 30ª edição. As mães reuniram-se às 10 da manhã, no cruzamento da Rua Uruguaiana com a Avenida Presidente Vargas, levando mensagens visuais poignantes nas quais seus filhos foram homenageados e suas histórias contadas. Uma parte crítica de sua reivindicação é a federalização dos processos relacionados à letalidade policial no Rio de Janeiro.

Um dos casos em consideração para a federalização é a trágica Chacina do Jacarezinho de 2021, que resultou na morte de 28 pessoas e é considerada a operação policial mais mortal da história da capital fluminense. Esta possível federalização está sendo discutida devido aos indícios de violações de direitos humanos em vários processos que atualmente estão em fase de tramitação na esfera estadual.

O Grito dos Excluídos é uma reunião de cidades e movimentos sociais por todo o Brasil, comprometidos com as causas populares. Desde a sua concepção em 1995, a marcha tem se tornado um ponto de encontro para uma variedade de grupos, entidades, sindicatos, igrejas e movimentos ativistas.

Estes protestos anuais têm como objetivo questionar o status quo e a suposta independência do Brasil. Enquanto o país se debate com desigualdades sistemáticas, injustiça e violência urbana e rural, os manifestantes fazem questão de salientar que a luta pela verdadeira independência está longe de terminar.

Dentro desta diversidade de vozes, há uma ampla gama de questões de importância crítica a serem tratadas, como a defesa do meio ambiente, a garantia de acesso à moradia, o combate à discriminação racial e religiosa, o fim das políticas repressivas de guerra às drogas e a revisão das leis trabalhistas. As críticas aos atuais modelos econômicos, que perpetuam a destruição do meio ambiente e desvalorizam as populações locais, também estão em destaque.

A triste realidade das mães que perdem seus filhos para a violência estatal, no entanto, é o testemunho mais doloroso da necessidade de mudança. E ao liderarem este Grito dos Excluídos, estas mães estão enviando uma mensagem clara: Nós nos importamos com essas vidas. E não vamos parar até que se faça justiça.

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