No primeiro dia da Paralimpíada de Paris, o atletismo brasileiro fez uma estreia brilhante. Destaque para Júlio César Agripino, que além de conquistar a medalha de ouro nos 5.000 metros da classe T11 para deficiências visuais, estabeleceu um novo recorde mundial e paralímpico, concluindo a prova em 14min48s85.
Nascido na cidade de Diadema, no estado de São Paulo, Agripino conseguiu estabelecer uma incrível vantagem de três segundos sobre o segundo colocado, o japonês Kenya Karasawa, demonstrando notável habilidade e competência. Este feito é a continuação de uma notável trajetória de Agripino, que já havia se destacado ao conquistar a prata na mesma prova realizada no Mundial de Kobe, no Japão.
Para adicionar brilho ao sucesso brasileiro, Jacques Yeltsin conquistou o bronze na mesma prova, dando ao Brasil uma dobradinha histórica no pódio. Sul-matogrossense, Yeltsin, também tem uma história de superação e sucesso, conseguindo a terceira posição após se recuperar de uma lesão. Em Tóquio, Yeltsin já havia obtido notoriedade ao conquistar o ouro nos 5.000 metros.
Yeltsin, que é detentor do recorde mundial nos 1.500 metros da mesma classe com o tempo de 3min57s60, promete mais conquistas e voltará à pista para competir na prova qualificatória dos 1.500 metros na próxima segunda-feira. Ele competirá junto com Júlio César Agripino, campeão mundial desta prova.
Atualmente, o atletismo é a modalidade que mais soma medalhas para o Brasil na história dos Jogos Paralímpicos. Com as conquistas do ouro e bronze no primeiro dia das competições em Paris, o total de medalhas do Brasil sobe para 172 – 49 de ouro, 70 de prata e 53 de bronze. Estas conquistas aumentam a confiança e a esperança na delegação brasileira para os próximos dias de competição.