Uma manhã de domingo (27) que ficará para sempre na memória do esporte brasileiro: Lucas Pinheiro, aos 24 anos, representante do Brasil, terminou a Copa do Mundo de Esqui Alpino em um inédito quarto lugar. Este feito ocorreu em Soelden, na Áustria, marcando a estreia mais significativa de um atleta brasileiro nesta modalidade esportiva.
Este sucesso se torna ainda mais notável considerando o percurso de Lucas. Filho de pai norueguês e mãe brasileira, competiu durante anos pela Noruega, acumulando experiência em 12 pódios de copas do mundo, incluindo cinco vitórias. A decisão de representar o Brasil nesse esporte de neve elevou a visibilidade e o potencial competitivo do país nesta modalidade.
Na etapa de Soelden, Lucas mostrou grande habilidade no slalom gigante, uma disciplina específica do esqui alpino. Na primeira descida, o atleta fechou a fase com a 19ª melhor marca. Graças ao formato da competição, que permite aos 30 melhores esquiadores a chance de uma segunda descida, Lucas não só avançou, mas cravou o melhor tempo geral, assumindo uma posição momentânea no pódio.
Embora outros competidores tenham ultrapassado o brasileiro na soma total das duas descidas, Lucas Pinheiro garantiu o quarto lugar – maior posicionamento já conquistado por um brasileiro em Copas do Mundo de esportes de neve. Essa conquista possui um peso ainda maior ao lembrarmos que Lucas ficou um ano e meio sem treinar, após anunciar, antes da temporada passada, a aposentadoria do esporte.
Este é, portanto, um exemplo brilhante de resiliência e talento, que coloca o esporte de neve brasileiro no mapa global. A atuação de Pinheiro mostra que os atletas brasileiros podem competir no mais alto nível, elevando a inspiração para futuras gerações e as possibilidades para o esqui alpino no Brasil.