Numa nova onda de investigações envolvendo políticos no Brasil, a Polícia Federal (PF) indiciou o deputado federal André Janones do Avante-MG, nesta última quinta-feira. O deputado é acusado de está em um alegado esquema de rachadinha. Segundo as autoridades policiais, Janones teria forçado funcionários de seu gabinete a devolverem parte dos seus salários.
O relatório final do inquérito, contendo todas as evidências coletadas e acusações formuladas, foi encaminhado ao ministro Luiz Fux, que será o relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF). Este caso ganha ainda mais relevância pois, além do próprio deputado, dois ex-assessores foram indiciados por crimes de peculato, associação criminosa e corrupção passiva.
A investigação sobre a conduta de Janones foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em dezembro do ano passado, após reportagens jornalísticas e notícias-crime denunciarem que o deputado solicitava o repasse de parte dos salários de seus assessores para financiar campanhas eleitorais. Segundo as fontes, os fatos teriam ocorrido a partir de 2019.
No relatório de indiciamento, a PF apresentou uma variação patrimonial de Janones nos anos de 2019 e 2020, com valores a descoberto de R$ 64,4 mil e R$ 86,1 mil, respectivamente. Segundo relatos, esse fato, juntamente com as demais evidências coletadas durante a investigação, reforça a suspeita da prática popularmente conhecida como rachadinha no gabinete do deputado federal André Janones, afirmou a PF.
Em busca de uma resposta à acusação, a Agência Brasil contatou o gabinete de André Janones para uma declaração e aguarda retorno. O espaço está aberto para manifestação.
Este é mais um episódio de alegadas irregularidades envolvendo políticos da esfera federal, reforçando a necessidade de uma fiscalização mais robusta e medidas anti-corrupção mais severas.