Ocorreu, nesta quarta-feira (21), na cidade de Humaitá, situada ao sul do Amazonas, um grave confronto entre garimpeiros e forças policiais, resultando em pelo menos 16 prisões. A grande tensão atingiu seu auge com pessoas indignadas com uma recente ação da Polícia Federal (PF), destinada a combater o garimpo ilegal na região. Esta reação de descontentamento culminou em violentos ataques aos prédios de órgãos públicos e uma resposta intensa das forças de segurança.
Agentes federais foram prontamente auxiliados por policiais militares e civis do Estado do Amazonas, além de contar com apoio de policiais militares do estado vizinho, Rondônia. Estes últimos haviam sido convocados para reforçar as tropas amazonenses durante o tumulto.
Cenas chocantes circulando nas redes sociais revelaram garimpeiros avançando agressivamente pelo centro de Humaitá, lançando rojões em direção aos policiais, que por sua vez, responderam com disparos de balas de borracha e bombas de gás.
A autoridade policial afirmou que o violento ataque pelos garimpeiros foi uma resposta direta à implementação da chamada Operação Prensa, lançada na segunda-feira (20). Esta incursão foi realizada conjuntamente pela PF, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
Segundo informações fornecidas pela PF, nos três primeiros dias da Operação Prensa, as equipes conseguiram inutilizar 223 balsas usadas por garimpeiros que estavam atuando ilegalmente no Rio Madeira e seus afluentes. A corporação destacou que o garimpo na região, além de causar danos significativos ao meio ambiente e à saúde pública devido à contaminação do rio por mercúrio e cianeto, também interfere na cultura de povos indígenas tradicionais. Isso se deve ao fato de que áreas destinadas aos indígenas foram invadidas pelos criminosos.
A Polícia Federal finalizou adicionando que seus oficiais, juntamente com funcionários de outros órgãos públicos, continuarão a patrulhar os municípios do sul do Amazonas por tempo indeterminado, no esforço de combater o garimpo ilegal e proteger a integridade dos territórios indígenas e do meio ambiente local.