Coreia do Norte redefine Coreia do Sul como ‘Estado Hostil’ e intensifica tensões

Mostrando uma conturbada relação entre as duas Coreias, a Coreia do Norte confirmou em uma declaração recente que alterou sua constituição para classificar oficialmente a Coreia do Sul como um Estado hostil. Essa modificação inédita, liderada pelo chefe de estado norte-coreano, Kim Jong-un, indica os atuais níveis de tensão entre as duas nações.

A decisão de isolar ainda mais a Coreia do Norte de sua vizinha do Sul é tangivelmente demonstrada pela destruição de trechos de estradas e vias férreas que conectam ambos os países. Segundo relatos, cerca de 66 metros dessas conexões ao longo da fronteira norte estão efetivamente obstruídos. Conforme instruído pela nova redação da constituição norte-coreana, essas ações são descritas como ação legítima contra um Estado hostil.

Essas medidas radicais fazem parte de um movimento mais amplo de Pyongyang para garantir uma separação completa e gradual do norte em relação ao sul. Também é uma resposta às graves circunstâncias de segurança que conduzem à beira da guerra devido a provocações políticas e militares por parte de forças hostis, como foi reportado pela agência de notícias estatal, KCNA.

Em contrapartida, a Coreia do Sul reagiu fortemente à alteração constitucional e à nova caracterização como um Estado hostil. O Ministério da Unificação, que supervisiona as relações com a Coreia do Norte, reafirmou seu compromisso com uma reunificação pacífica baseada na liberdade e democracia.

A alteração constitucional considerável ocorre no contexto de uma crescente desconfiança de Kim Jong-un em relação a Seul. Ele acredita que Seul está conspirando com Washington para prejudicar a autonomia do regime comunista norte-coreano. Para afastar qualquer expectativa de reconciliação, o Norte reafirma seus objetivos de um sistema de dois Estados, descartando antigas promessas de unificação.

Oficializando o antagonismo, o regime de Kim Jong-un lamentavelmente danificou as estradas anteriormente vistas como símbolos de reconciliação, construídas em grande parte com financiamentos sul-coreanos. O governo mexeu também em monumentos que simbolizavam a aproximação com o Sul, e aboliu agências estatais responsáveis por lidar com as relações intercoreanas.

De acordo com especialistas, essa movimentação drástica da Coreia do Norte é uma estratégia emergencial para a sobrevivência do regime e conservação do controle doméstico. Entretanto, ela lança um futuro instável pela frente, apresentando-se não apenas como um obstáculo para a diplomacia mas também como uma ideologia que pode incitar agressão militar contra a Coreia do Sul.

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